quarta-feira, 28 de abril de 2010

Manhattan #07: Uma Paixão

Eu sei que já faz tempo que não venho aqui escrever. E a pior coisa para o sucesso de um blog é isso: não escrever nele. Entretanto, creio que o número de leitores ainda é consideravelmente pequeno e escrevo aqui para ajudar possíveis viajantes e amantes de Nova York, mas escrevo para mim também. Por isso, continuarei escrevendo mesmo que eu seja a única a ouvir (ler, no caso).

Resolvi parar um pouco com as dicas e voltar ao ode à cidade de Nova York, algo que eu não deixarei de fazer jamais, pois a maravilhosa Manhattan merece muito mais do que isso.

É estranho pensar em como um local pode ser tão importante para alguém mesmo quando não é lá que se nasceu, se passou a infância ou mesmo morou por algum tempo. Dessa maneira, para a cidade ser amada a partir de uma (ou algumas) simples visitas, ela tem que ter algo de muito especial. E Nova York tem. Todos que já pisaram em seu solo - e até mesmo os que ainda não o fizeram - sabem disso.

Nova York é cenário de todo o tipo de acontecimento - infelizmente, isso inclui os ruins também. Em que cidade encontraríamos um indivíduo apenas de cueca em pleno inverno com um chapéu de caubói tocando violando na Times Square? Onde mais acharíamos em um mesmo lugar asiáticos, italianos, americanos, brasileiros, árabes etc. todos sentados em uma mesma mesa?



O que impressiona em Manhattan não é apenas o que ela é ou que tem para oferecer, mas sim e, talvez principalmente, o que ela representa. Esta ilha é o símbolo do mundo em que vivemos hoje, concretização de um mundo globalizado e unificado. Entretanto, ao mesmo tempo mostra as diferenças e as variedades e, assim, no meio da multidão, compreendemos que apesar de virmos de lugares completamente diferentes com um background divergente, estamos todos no mesmo local, com propósitos que provavelmente não são os mesmo, mas que convergem para uma única localização: Nova York.

Muitas pessoas dizem que é na Disney que os sonhos se tornam realidade. E eu concordo, mas esses sonhos são para a criança que está dentro de nós. A lady Liberty nos recepciona na chegada, assim como recebia os imigrantes, dizendo que é neste local que as coisas podem - e vão - acontecer. Nova York realiza nossas mais altas ambições e nossos mais berrantes desejos no meio de uma realidade que, para muitos, é o paraíso assim como é pra mim.

Nova York não é uma cidade para mim. É um paixão.

Em seguida: Manhattan #08: Onde Ficar

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